Praia de Pirambúzios - Nísia Floresta/RN
Iniciado um novo ano, abre-se a temporada do verão. Sol, praia, água de coco, roupas leves e cerveja gelada. Será que esqueci de algo? Acredito que reunir a família, reencontrar os amigos e fazer aquela corridinha à beira mar.
Como um bom natalense, tenho questionado em alguns momentos se realmente gostamos de praia. O que você acha? Antes de responder, leia atentamente algumas constatações.
Se considerarmos que possuímos diversas praias urbanas e não as utilizamos para fazer a corridinha no calçadão; temos a Praia dos Artistas, a Praia do Meio e a Praia do Forte e não levamos nossos filhos para o banho de mar; temos a bela Praia de Ponta Negra e não lembramos a última vez que por lá passamos; temos a ginga com tapioca do mercado da Redinha e não comemos há anos; temos as dunas de Genipabu e sequer por lá passamos; e o pior, as casas e apartamentos adquiridos na praia somente são utilizados no mês de janeiro; podemos afirmar, com segurança, que não gostamos de praia.
Lógico que inúmeros fatores têm contribuído para que isso ocorra. A falta de estrutura das praias urbanas, a insegurança durante períodos diferentes do veraneio e, até mesmo no veraneio; e talvez até a falta de hábito sirva de justificativa.
Há poucos dias, ao ser convidado para tomar banho de mar por um amigo que reside fora país e está passando curtas férias em Natal, percebi a felicidade dele ao afirmar que a temperatura da nossa água não existe em parte nenhuma do mundo. Ele, por exemplo, que reside em Portugal, passa o ano admirando o mar, no entanto, a baixa temperatura da água não permite desfrutar de um bom mergulho.
Com isso, mais uma vez fiz o questionamento: será que realmente gostamos de praia? Confesso que aquele comentário despertou em mim o interesse em fazer essa análise.
E você, como um bom natalense, já analisou quantas vezes foi à praia em 2015?
A análise que fiz permitiu constatar que, como não fui para o veraneio de 2015 e efetuei apenas algumas visitas à Pirambúzios para exercer a condição de síndico, não dormi nenhum dia na casa de praia no período, salvo no carnaval e, em uma tentativa de saber qual a sensação de “stand up”, fui um dia para a praia de Ponta Negra, logo no início de janeiro. E só!!
Ou seja, em 365 dias do ano de 2015, tomei apenas dois banhos de mar já que no carnaval, apesar do maior período, usufrui apenas uma vez. Portanto, posso afirmar que não gosto de praia. E você?
Após fazer essa constatação, percebi que preciso tentar mudar os meus hábitos. Hoje, por exemplo, como gosto acordar cedo, levantei na hora de costume - 5h20min da madrugada - coloquei a roupa de corrida e iniciei uma corridinha à beira mar.
Durante o deslocamento, com a maré totalmente seca e o barulho exclusivo das ondas, contei exatamente 10 (dez) pessoas, já me incluindo.
Após o percurso de 5km, retornei para o local da largada e passei para a outra etapa, iniciei o banho de mar. E pensem em um banho espetacular. Depois da observação do amigo, tenho verificado que a nossa água morna, realmente, é diferenciada.
Encerrado o banho de mar, hora do banho de piscina e depois uma chuveirada... E aí veio a grande constatação: gosto de praia, curto o mar, não tenho dificuldade de acordar cedo, correr na rua, na praia ou até na esteira é algo que me proporciona prazer…
Apenas, como natalense que sou, não tenho hábito de ir à Praia e dela desfrutar o ano todo. No entanto, após referida constatação, acabo de eleger a seguinte meta: ir à praia e tomar banho de mar pelo menos uma vez ao mês.
Como em 2015 cheguei a ir apenas duas vezes, acredito que aumentar a frequência em 500% (quinhentos por cento) poderá ser considerada uma meta realista e alcançável.
A grande dica é: curta o verão da nossa cidade que, graças a Deus, ocorre o ano todo..
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