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No último
dia 19 de julho de 2016, mais uma notícia jurídica tomou conta das redes
sociais no Brasil. Pela terceira vez um integrante do Poder Judiciário emite um
comando ordenando a retirada do programa WhatsApp do ar.
Diferentemente
do que aconteceu com a maioria dos brasileiros, que sofreu a limitação da
ausência de operação do referido programa, o meu celular saiu de área por
completo. E, para aumentar o transtorno, eu estava em São Paulo e, de lá,
necessitava de contato urgente com Natal.
Graças
a Deus, como optei com ter duas operadoras, uma para o celular e outra para o
tablete, as mensagens via outro programa tornaram o dia menos complicado.
Como
estava no deslocamento do trânsito de São Paulo, o motorista logo me fez uma
pergunta: o WhatsApp saiu do ar pela terceira vez, qual o nome do filme? Após
uma pausa, ele respondeu: todo mundo em
pânico 3.
Confesso
que aquela “piada” foi que despertou o interesse em, mais uma vez, escrever
sobre o tema. Afinal, uma dos artigos mais lidos do blog, que veio a ser
inscrito em 16 de novembro de 2015, possuía o título “WhatsApp: avanço ou
retrocesso? Confira: http://carloskelsen.blogspot.com.br/2015/11/whatsapp-avanco-ou-retrocesso.html
Será
que se a escrita fosse ocorrer hoje poderíamos adaptar o título para vício ou
dependência?
Pelo
que foi possível perceber, embora à certo tempo o referido programa sequer
integrasse o nosso dia a dia, a sensação que temos hoje é que não conseguimos
mais sobreviver sem o WhatsApp.
A análise
que faço nos últimos tempos é que o referido programa, felizmente ou
infelizmente, tem mudado os costumes no mundo todo, especialmente no Brasil.
Afinal, falamos com muita gente, via mensagens, porém, ao mesmo tempo, cada vez
mais ficou reduzido o contato pessoal ou até mesmo uma ligação telefônica com
alguém.
Certo
dia fui chamado a atenção por um cliente sobre o motivo de não ter respondido a
sua mensagem de WhatsApp que ele havia
passado às 23h. O detalhe é que a cobrança foi às 7h do dia seguinte.
Será
que estamos mais ansiosos depois que passamos a fazer uso do referido programa?
Será que depois do uso do WhatsApp deixou de existir os furos de reportagem na
linguagem jornalística? O ato de encaminhar tudo aquilo recebido em um grupo,
mesmo sem confirmar a veracidade, poderá ser considerado um status? E se você
não falar no WhatsApp poderá ser considerado um extraterrestre? E os médicos já
podem cobrar consultas feitas via WhatsApp?
Eis,
em curtas palavras o que o referido programa conseguiu mudar na nossa vida,
ficando à critério de cada um saber até que ponto isso foi avanço ou
retrocesso, ou ainda já possa ser considerado um vício ou dependência.
Em
relação ao fato de ser correto ou não o bloqueio através de uma ordem judicial,
somente a leitura detalhada da decisão poderá fazer extrair uma opinião mais
segura e técnica, embora seja evidente o incomodo com a limitação do uso do
programa e demonstre um ambiente jurídico inseguro o fato da decisão ter sido reformada
em poucas horas.
De
toda forma, lançamos a enquete no lado direito da página: Você acha correto ou
errado o bloqueio do WhatsApp em razão de uma ordem judicial?
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