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Conforme apontado em artigo anterior,
intitulado “Inspiração: qual o melhor momento?”, dando sequência ao desafio
lançado a partir dos estudos para o mestrado, mais uma vez escrevo sobre algo
quem tem sido motivo de preocupação, nos últimos meses – o tempo...
Tenho percebido ao meu redor as
pessoas reclamando de que o tempo tem passado mais rápido, que falta tempo para
fazer coisas simples, tais como ficar em casa, ler um livro, dormir pelo menos
8 (oito) horas, estudar, passear, ir à praia, curtir a família e os amigos,
viajar, fazer exercícios físicos, ir à missa, enfim, as 24 (vinte e quatro)
horas do dia não estão sendo suficientes para resolver ou até mesmo organizar
as obrigações que a vida tem imposto.
A partir de tal alerta, passei a fazer
alguns questionamentos, que gostaria de compartilhá-los, na tentativa de
instigar a todos a fazer determinadas reflexões. Estamos sem tempo ou não
estamos separando um pequeno tempo do dia ou até mesmo da semana para organizar
o nosso tempo? Em algum instante do dia você se desliga de tudo o que está
fazendo, especialmente o smartfone para programar o seu tempo? Ou o tempo anda
tão curto que não é possível planejá-lo?
Uma coisa a certa, a vida parece está
um pouco mais apressada. A impressão que se tem é que amanhecer e anoitecer
estão ficando cada vez mais próximos. Há bem pouco tempo estávamos comemorando
a chegada de 2015 e, atualmente, já estamos em dezembro, restando exatamente 10
(dez) dias para o encerramento do ano.
Na verdade, percebo que as
necessidades das pessoas foram ampliadas, o acesso a informação foi elastecido,
estamos conectados com o mundo via internet durante 24 (vinte e quatro) horas,
trabalhar em um computador com apenas um monitor ficou mais difícil, aguardar o
retorno de uma ligação sem enviar uma mensagem de whatsapp apontado que tem
pressa é quase impossível, tendo tudo isso acontecido tão de repente, que não
foi permitido a nós nos prepararmos para o novo tempo. Talvez tenha sido por
isso que passamos a ter o costume de não planejarmos a vida, assumindo a
postura reagir aos acontecimentos de acordo com a necessidade.
Embora não me considere velho, tenho
visto que conservo alguns hábitos tidos como antigos, porém que, no meu dia a
dia, têm feito certa diferença. Somente consigo encerrar o dia registrando na
agenda as tarefas a serem cumpridas no dia seguinte, elegendo inclusive uma
determinada ordem de prioridades. A impressão que tenho, inclusive, é que ao
promover o que considero o planejamento do dia seguinte, o sono costuma ser
mais tranquilo. É como se a situação, embora preocupante, em decorrência do grande
número de atribuições, parecesse controlada.
Outro hábito que ainda conservo e esse
tem relação direta com meus familiares, é indagar da minha esposa e meus filhos
como foi o dia, seguindo-se do segundo questionamento, que é dirigido a saber
quais os planos do dia seguinte. É engraçado que somente com o tempo passei a
perceber que, além de querer planejar o meu dia, naturalmente imponho àqueles
que estão mais próximos certa necessidade de pensar no dia seguinte.
Talvez essa atitude “inconsciente”
guarde a mensagem de que todos têm que passar a ter o hábito de planejar o
tempo. Afinal, quanto menor a programação, maiores as chances do tempo não ser
suficiente para possibilitar o cumprimento de todas as tarefas que a vida tem
nos imposto.
Há um mês, ao ser surpreendido às 17h
de uma segunda-feira, com a notícia de que às 9h da manhã da terça-feira,
deveria participar de um julgamento em Brasília, embora tivesse um compromisso
na universidade às 15h, do mesmo dia, parei por 5min e, após planejar a ida e a
volta, além de calcular as horas que envolveria o deslocamento, foi possível
cumprir ambos os compromissos, em que pese a tensão decorrente do curto espaço
de tempo entre o encerramento do ato processual e corrida para o aeroporto para
o embarque da volta.
Portanto, caso você tenha interesse de
otimizar o seu dia, comece a fazer a exercício de planejamento do tempo,
anotando todas as tarefas e elegendo a ordem de prioridades para o seu
cumprimento. Isso certamente irá impor tranquilidade. Afinal, você terá certo
controle da sua vida, acompanhado da sensação de que a mesma está planejada.
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