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Analisada e aprovada a admissibilidade do processo de IMPEACHMENT pela maioria do Senado Federal, deu-se o afastamento da Presidente da República, tendo lugar a instauração de um governo interino, com data prevista para o início e o fim, embora não descartada a possibilidade de prorrogação, tornando-se definitivo até a conclusão do mandato, previsto para o ano de 2018.
Respeitadas as opiniões divergentes em torno da legalidade ou não do processo que redundou no afastamento, o fato é que estamos sob o comando de um Presidente com características totalmente diversas da anterior. A experiência política é indiscutível, o preparo intelectual não se fala, a postura diante da imprensa é diferenciada e, pelo visto, os objetivos são extremamente diversos.
Em entrevista veiculada no último domingo, dia 15/05, uma das coisas que mais chamou a atenção foi a apresentação de respostas firmes para todas as perguntas, inclusive aquelas consideradas difíceis.
Detecta-se que o país voltou a discutir a necessidade de reformas, seja política, econômica, da previdência, tributária, enfim, pautas pouco indigestas para a maior parte dos políticos e até mesmo da população, voltaram a serem debatidas.
Confesso que, embora tenha a certeza que em um curto espaço de tempo, certamente não teremos mudanças radicais, percebo que precisamos aproveitar a oportunidade para refletir e até mesmo estabelecer que tipos de mudanças precisamos fazer até mesmo em nós, envolvendo a nossa casa, o nosso trabalho e o nosso dia a dia.
Antes do afastamento da Presidente, ouvimos diversas críticas em relação ao elevado número de Ministérios, agora, com a redução determinada pelo Presidente interino, passamos a ouvir críticas de que Ministérios extintos ou até mesmo que tiveram as suas competências transferidas para outro, não atendem o interesse público.
Outra crítica que veio a ser notícia foi o fato de nenhuma mulher haver ocupado o primeiro escalão do governo.
Também está sendo alvo de debate o fato dos critérios para escolha dos Ministros terem características políticas e não técnicas.
Percebe-se que o momento do país, respeitadas as divergências, não permite esse tipo de debate. Afinal, nossa economia anda muito ruim, nossa previdência acumula deficit, o desemprego somente aumenta, diversas empresas fecharam, é visível o aumento de itens nos supermercados, ou seja, existem assuntos bem mais importantes a serem debatidos.
O momento é de atenção. Independentemente do desfecho do processo que tramita no Senado Federal, agora sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal, temos a obrigação de fazer o país voltar ao trilho. Cortes de gastos, extinção de cargos comissionados, redução de Ministérios, reformas nas mais diversas áreas, tudo isso deverá ser bastante aplaudido. Até porque, não podemos esperar que algo mais grave aconteça com o país para que possamos enfrentar ditos temas na pauta de debate.
Que venham as boas notícias da semana...
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