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Nos últimos dias presenciei uma cena interessante que me fez
refleti e até mesmo extrai a indagação da semana: Você já chegou a analisar
como o seu SERVIÇO está sendo PRESTADO?
Como brasileiro, não tenho dúvida de que não temos por
hábito a pontualidade. Até mesmo aqueles que buscam ser pontuais, quase sempre costumam
sofrer mais com os atrasos considerados comuns e normais, embora em alguns
casos sejam superiores a 30 (trinta) minutos. Atender por ordem de chegada é
algo que muitas vezes poderá ser entendido como esperar pelo menos 2 (duas)
horas.
Eu, por exemplo, tenho como padrão atender por hora marcada,
tendo a preocupação de reservar um horário específico dedicado exclusivamente
àquele assunto que levou o cliente a postular uma reunião e/ou consulta. No entanto,
sei que isso não tem sido regra.
E você deve estar perguntando: qual a vinculação da postura
normal de atrasar com a prestação de um serviço?
No último domingo, como forma de garantir o sucesso do
almoço, sai de casa por volta das 11h45min, chegando a um estabelecimento
comercial próximo precisamente às 11h55min e lá tomado conhecimento que o mesmo
fecharia às 12h. Como fiquei posicionado no número 6 (seis) da fila, tive a
certeza de que seria atendido sem problemas.
Exatamente às 12h, um dos empregados deu início ao
fechamento das portas, sendo inclusive surpreendido com a indagação de um
cliente: “- Já está fechando?”
Sem demorar muito para responder, o empregado saiu com a
seguinte pérola: “- não era nem para ter aberto hoje.”
Em seguida, deu-se o fechamento das portas, apesar do claro
desconforto para os clientes que se encontravam na filha, em virtude do calor
que se instalou.
Ainda durante a minha espera, outra situação chamou a
atenção. Ao abrir a porta para a saída de um cliente, o mesmo empregado se
deparou com uma cliente que estava do lado de fora e o indagou: “- moço, ainda
não são 12h. É possível fazer a minha compra para o almoço? Sou uma cliente
antiga.”
Também de maneira rápida, o empregado respondeu: “- no meu
relógio são 12h03min.”
Na sequência, deu-se o fechamento da porta. E olhe que estou
falando daquelas portas de rolo corrediças, cujo barulho para fechá-las
assusta.
De imediato, como estava de modo paciente aguardando a minha
vez para ser atendido, passei a questionar, lógico que somente com os meus
pensamentos. A leitura dos principais jornais, blogs, sites de notícias e até
mesmo nas conversas entre amigos, o tema debatido e quase unânime é a crise
econômica. Relatos de diminuição de faturamento, aumento da inadimplência e preocupação
com o futuro se tornaram comuns. A preocupação em fazer novos negócios e atrair
novos clientes é única em praticamente todos os ramos.
E daí veio um questionamento: será que aquele
estabelecimento comercial não está sentindo os efeitos da crise? E em relação à
forma de atendimento ao cliente, que tipo de estratégia possui a empresa?
Sempre tive em mente que, para atraímos novos clientes e até
mesmo conservar os antigos, indispensável se faz entender as suas necessidades.
Tornar o produto ou serviço cada vez mais próximo do interesse do cliente
passou a ser básico.
Na situação relatada, embora a pontualidade seja importante,
especialmente quando se fala em respeito aos horários de abertura e fechamento
do estabelecimento, talvez a forma mais adequada de comunicar ao cliente que
aos domingos a empresa encerra suas atividades às 12h e que, após o fechamento
das portas, somente serão atendidos aqueles clientes que estejam na área
interna, deva ser totalmente diferente.
O que certamente fica difícil aceitar é a forma grosseira de
discordar da hora apontada pela cliente, seguida do fechamento da porta
praticamente na “cara” da mesma.
De todo forma, fica a diga. Analise sempre como o seu
serviço está sendo prestado. Muitas vezes, um pequeno ato de um empregado, que poderá
até não ter a dimensão do erro de postura que está adotando, poderá fazer uma
grande diferença e até mesmo afastar antigos e novos clientes.
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