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A polêmica da chegada do UBER: você é A FAVOR ou CONTRA?

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A semana encerrou com o debate a respeito da chegada do UBER em Natal. Jornais, redes sociais, rodas sociais, programas de rádio e TV deram conta do tema. Exatamente no referido contexto surgiu o questionamento da semana: você é a FAVOR ou CONTRA o Uber?
Temos acompanhado em diversas cidades do Brasil a repercussão em torno da entrada em operação do Uber. Os protestos dos taxistas se tornaram comuns, sendo em alguns deles acompanhados de violência. Afinal, a vida de muitas pessoas está em jogo.
De um lado, aqueles que trabalham há anos como taxistas, tendo previamente adquirido uma permissão, a famosa placa, além do próprio veículo que, na maioria das vezes, tem o financiamento pago com o fruto do serviço que vem sendo prestado.
Do outro lado, uma empresa americana que, apesar de não possuir um único veículo ou até mesmo a permissão municipal, de forma quase meteórica, passou a deter o controle da maior rede de transporte do mundo. Tudo isso graças à nova era da informação.
Para intermediar o debate, o Poder Público que, através das Prefeituras e Câmaras Municipais, é responsável pelas permissões e regulamentações necessárias.
De cara percebe-se que, dependendo da prévia identificação da sua posição na relação, a sua resposta poderá ser faciltada. Afinal, se você é taxista, certamente será CONTRA. Se você acaba de iniciar a prestação de um serviço como profissional do Uber, naturalmente será a FAVOR.
E você, que será o grande destinatário, o que acha de tudo isso? A polêmica se encontra instaurada.
Na condição de consumidor e tomador desse tipo de serviço, principalmente em tempos de lei seca, afirmo ser a favor da chegada do Uber, especialmente em razão de perceber que terei mais uma opção para contratar e por saber que a concorrência é uma grande incentivadora da elevação da qualidade.
Porém, ao contrário do que vem ocorrendo em todas as cidades, indispensável ao Poder Público agir rápido e promover a regulamentação. Afinal, caso eu decida ser taxista, não poderei pegar o meu carro, pintar uma faixa lateral azul com a indicação do serviço e iniciar a atividade, escolhendo inclusive parar em qualquer local ou até mesmo mudar para outro município sem qualquer critério. Diversas exigências legais deverão ser respeitadas.
No caso específico do Uber, em que pese alguns quererem definir o "novo" serviço como algo diverso daquele prestado pelos taxistas, estabelecer como padrão a cor preta, definir a vestimenta dos prestadores como formais e efetuar a cobrança através de um aplicativo, não retira a característica principal do serviço, que é o transporte de passageiros mediante a cobrança de uma tarifa, que leva em conta a distância e o tempo de deslocamento.
Necessário observar que a livre iniciativa não poderá servir de justificativa para o início de uma atividade sem a existência de regras mínimas e, naturalmente, sem a preocupação de evitar o fim ou até mesmo a quebra daqueles que sobrevivem da condição de taxista.

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